A motivação - força motriz do processo humano, tanto espiritual quanto tecnológico – é o motor propulsor que delicadamente faz com que uma brisa, teimosamente, seja capaz de elevar uma simples folha ao ar, ou fazer com que o perfume de uma exuberante rosa seja aspirado a quilômetros de distância de seu foco de origem, ou ainda, a partir da mesma, vendavais de emoções, que nervosamente regurgitam e ruminam ideias que sorrateiramente vem pousar no hipocampo dos emotivos seres humanos.
Existia no cerne criativo um “querer” que precisava ser motivado, era como se fosse uma pérola escondida e esquecida numa concha hermeticamente fechada que precisava ser encontrada e libertada daquela prisão silenciosa e alienante denominada de aulas tradicionais (sempre).
Numa certa e ofuscante manhã de um dia sem igual, eis que uma VOZ (convite para inscrição no Curso de Mídias 3ª edição) invoca outras VOZES (ideias interiores adormecidas em mim) que precisavam ser ouvidas. Daí em diante o VERBO metamorfoseou-se em projetos, projetos que permitiram aos alunos viagens inesquecíveis da Idade Média à Modernidade, da poesia palaciana à poesia das ruas, da Profissão A à Z, entre tantas outras viagens que ficarão na memória histórica de cada aluno.
Tais viagens só foram permitidas via projetos motivados pelo curso de Mídias 3ª edição, promovido pela integração dos órgãos SEDUC, UFPA e NTE do qual participei, e foi a partir deste que a motivação aflorou: comecei a trabalhar com projetos isolados ou integrados a outras áreas do conhecimento, mas sempre eles – os projetos – a despertar e dinamizar minhas aulas, já tão diferentes das de outrora.
Assim, a confiança e o domínio técnico me foram concedidos pelas atividades motivadoras, por meio de pesquisas e cooperação nos fóruns no período da realização do referido curso – feito a distância. Dessa forma, compreendi que as borboletas tão encantadoras, quando desconectadas de seus estados larvais, precisaram de todos os estágios anteriores (pupa-lagarta-hibernação-...) em suas experiências de casulo, em sua maturação biológica para a multiplicidade natural da vida, que pacientemente as aguardava. Como as borboletas nós, seres humanos, também precisamos nos transformar a fim de nos adaptarmos ao grande e dinâmico processo cósmico, e a ele ser útil não como “parte imutável do todo”, mas como centelhas, fagulhas responsáveis pela dinâmica da vigorosa e vibrante MENTE CRIADORA e MANTENEDORA DA VIDA.
A todos que participaram da elaboração do Curso de Mídias 3ª edição meu muito obrigado não um obrigado quimicamente volátil, nem um do tipo “carpe diem”, mas um agradecimento pelas “marcas” perpétuas impingidas em minha alma de eterna aprendiz. Um agradecimento especial à tutora Joseane de Oliveira Figueiredo pela paciente e dinâmica orientação durante todo o processo de feitura das atividades, pois a mesma foi incansável quando requisitada em seu domínio técnico e humano.
Por: Maria das Graças Silva de Oliveira.