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O jantar
   ...De repente Marcos percebeu a demora e foi à cozinha. Olhou, surpreendeu-se e retirou-se, foi o que fez, pois ao ver Marina e Pedro abraçados, comentou algo e logo depois saiu decepcionado com tal humilhação.
    Para entendermos o feito, temos que voltar ao dia anterior. Eram seis horas da manhã de uma sexta-feira. Marcos e sua esposa Mariana estavam acordando. Marcos levantou primeiro, pois tinha que ir para o trabalho às oito. Espreguiçou-se, se desembrulhou, calçou a sandália e assim foi para o banheiro, enquanto sua mulher Marina foi preparar o café da manhã. Eles moravam sozinhos em um condomínio há cinco anos, não tinham filhos, pois ambos não podiam.
    Marcos estava saindo do banheiro quando Marina o chamou:
   - Amor! O café está na mesa, vem logo antes que esfrie. Marcos ainda enrolado na toalha respondeu:
   - Estou indo Amor, já estou descendo. Logo em seguida Marcos desceu para tomar café. Terminando o café, ele levantou-se da mesa, despediu-se da esposa e saiu para o trabalho, quando estava prestes a sair pela porta, Marina disse:
   - Marcos, vê se não chega tarde, lembre-se que temos um jantar marcado.
   - Olha! Não esquece das bebidas, disse Marina, relembrando-o.
  -Tudo bem Amor, não vou esquecer, afirmou Marcos, pois já tinham marcado um jantar com um amigo da empresa e a esposa dele.
   - Assim, ele saiu para trabalhar. Quando chegou lá, a primeira pessoa com quem se deparou foi Pedro, o tal amigo com quem tinha marcado o jantar. Pedro logo ao vê-lo lhe perguntou:
   - E aí Marcos, anida tá de pé o jantar hoje à noite?
   - Está sim, respondeu Marcos, e Pedro mais uma vez perguntou: 
   - É às 8h não é? E então Marcos balançou a cabeça afirmando.
Marcos não queria dizer nada à esposa, mas estava com muito trabalho e não sabia se chagaria à tempo para o jantar. Pensando melhor, Marcos decidiu que sairia mais cedo e deixaria o trabalho para outro dia, pois não queria decepcionar a mulher. E assim foi, deixou tudo lá para o outro dia e foi ao supermercado para comprar as bebidas.
Chegou ao supermercado , procurou as bebidas, comprou e foi para casa ajudar sua esposa.
Chegou em casa já eram 7h da noite, entrou com pressa, mas reparou em alguns detalhes.
   - A mesa tá bonita Amor, disse Marcos ao entrar.
   - As compras estão em cima da mesa.
  - Tá! exclamou Marina. E assim foi se arrumar para o jantar , enquanto Marina já estava toda produzida. Passaram cinco, dez, quinze, trinta minutos e então Marcos desceu:
   - Em fim né! Disse Marina, pela demora.
   - Não estava encontrando minha camisa, falou Marcos tentando se explicar.
   Já estava quase na hora do jantar, quando a campainha tocou e Marcos foi abrir a porta. Era Pedro e sua esposa.
   - Boa noite! Disseram os dois.
   - Boa noite, respondeu Marcos.
   - Podem entrar e fiquem à vontade.
   Marina estava na sala de jantar dando os últimos retoques na mesa.
Entraram na sala de jantar, puxaram uma cadeira e sentaram-se todos, e logo começaram a jantar. Com um tempo depois, Marina resolveu ir pegar a sobremesa.
    Vou buscar a sobremesa!
    Deixa que eu ajudo você, disse Pedro, como quem queria ajudar.
    Tudo bem! Exclamou Marina, Enquanto Marcos e Júlia ficaram na sala de jantar.
   Depois de algum tempo, Marcos percebeu a demora, pois só tinham ido buscar a sobremesa, e resolveu ir até a cozinha, para verificar se estava tudo bem.
   Chegou lá. Logo de cara, deparou-se com a cena, Pedro e Marina estavam agarrados.
   - O que significa tudo isso? Perguntou Marcos espantado com aquilo. Logo os dois tomaram um suto.
    - Calma Amor, eu posso explicar, disse Marina, ao ser vista com Pedro. 
   - Não precisa explicar nada, eu já entendi tudo, disse pela última vez Marcos, antes de ir embora.
    Marcos ficou envergonhado, mas não surpreso, pois já há algum tempo desconfiava do amigo, mas não dizia nada à mulher para não brigar, ele também não iria saber que aquilo aconteceria naquele dia, lugar e hora, pois só tinha marcado um jantar, o primeiro e último jantar.
Texto de:
Henio Cassio P. Oliveira
Aluno da turma 802 – 3º turno
Postado por: Lena Araújo 
 

LIVRO – a troca


Pra mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede, deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia; e de barriga assim toda cheia, me levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que – no meu jeito de ver as coisas – é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas, como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei um dia de alargar a troca: comecei a fabricar tijolo pra – em algum lugar – uma criança juntar com outros, e levantar a casa onde ela vai morar.
(Mensagem de Lygia Bojunga para o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, traduzida e divulgada nos 64 países membros do IBBY).


Postado por Joseane Figueiredo

HISTÓRICO DA ESCOLA

O nome de nossa Escola advém do Educandário Eunice Weaver que desenvolvia um trabalho com os filhos de Hansenianos , onde a princípio a escola fora preparada para os mesmos, no qual foi cedido um pavilhão denominado Gurjão (1ª moradia dos filhos de rancenianos) que eram examinados e só passavam para as demais dependências quando fosse diagnosticado que não tinham contraído a doença.
Com o passar do tempo foi expandido para toda a Comunidade com a construção de mais salas de aulas, onde contamos com a figura relevante e marcante da Irmã Zenóbia Pinto Quezado.
Devido a este início não se pensou até hoje em trocar o seu nome. No antigo Gurjão funciona hoje as dependências administrativas.
A senhora Eunice Sousa Gabi Weaver foi a fundadora da Sociedade Eunice Weaver no Pará, Socióloga e Jornalista, Presidente durante 35 anos da Federação da defesa contra a Lepra.
A Escola foi fundada em 26/03/1961. Tem como atual diretora a Professora Maria de Fátima Simões da Silva, atendemos a uma clientela de 2654 alunos distribuídos em 3 turnos, atuando com ensino fundamental, ensino de jovens e adultos e ensino Médio.
Nossa Escola objetiva um ensino de qualidade assegurando a formação comum indispensável para o exercício da cidadania , fornecendo meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.